A Associação Ambientalista Copaíba, organização privada sem fins lucrativos, qualificada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e sediada no município de Socorro-SP, tem como missão “conservar e restaurar a Mata Atlântica das bacias dos rios do Peixe e Camanducaia”.

Fundada em 1999, a organização surgiu depois que um grupo de amigos resolveu olhar a natureza de forma mais ampla. Depois de um breve diagnóstico que envolveu biólogos, voluntários e amigos, o grupo se reuniu e resolveu colaborar com a recuperação da Floresta Atlântica, que já se encontrava com apenas 4% de sua cobertura original, na região dos rios do Peixe e Camanducaia. Inicialmente as ações do grupo tinham como foco os plantios de mudas de árvores nativas para a recuperação das matas ciliares.

Diante da ampla e constante degradação ambiental, a preocupação do grupo de amigos foi ampliando se e mais pessoas foram envolvidas. Uma das primeiras ações foi o plantio de cerca de 80 mudas em uma área próxima às margens do rio do Peixe, no município de Socorro, que contou com a participação de muitos voluntários. A partir daí, foi fundada a ONG Copaíba, que mais tarde passou a ser qualificada como OSCIP.

Apesar do início acanhado, a ideia da restauração da Mata Atlântica na região começou a ganhar adeptos de entidades de serviços e do setor público, além de novos voluntários. A partir daí, a instituição começou a desenvolver ações integradas na área ambiental através de projetos e programas de restauração florestal, produção de mudas de árvores nativas, sensibilização ambiental e políticas ambientais.

Desde sua criação, a Copaíba, através de seus projetos e programas de sensibilização, já atingiu mais de 20.000 estudantes, publicou e distribuiu 70.000 exemplares de materiais eco-educativos, realizou 77 plantios eco-educativos, nos quais plantou, com a participação de 2.500 pessoas, mais de 12.000 mudas de árvores nativas, produziu mais de 600 mil mudas de 150 espécies nativas no Viveiro Florestal Copaíba e restaurou 1.854.200 m2 de Mata Atlântica na região.

Um dos primeiros projetos foi lançado em dezembro de 2004 – o programa Rio do Peixe Vivo, que tinha como objetivo conservar o rio do Peixe através da restauração das matas ciliares e da sensibilização ambiental da comunidade local.  A sequência deste projeto, em julho de 2005, inaugurou uma nova fase da Copaíba, que passou a desenvolver projetos com financiamento de órgãos governamentais. O primeiro foi o projeto “Rio do Peixe Vivo: área demonstrativa de restauração da mata ciliar”, financiado pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO. Foram mais de 5 mil mudas de árvores nativas plantadas nas margens do Rio do Peixe, além das ações de sensibilização ambiental com escolas da zona rural de Socorro.

            De 2006 até 2012, a Copaíba desenvolveu diversos projetos – “Restauração da mata ciliar do Rio do Peixe” e “Ações de restauração da Mata Ciliar na Bacia do Rio Mogi Guaçu – Conquistas e Desafios”, cujo objetivo foi sistematizar as experiências de restauração de matas ciliares desenvolvidas na Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu para subsidiar e estimular o aperfeiçoamento dos instrumentos de financiamento e apoio à conservação e restauração das matas ciliares nesta bacia, ambos projetos financiados pelo PDA Mata Atlântica, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente; “Restauração de matas ciliares de nascentes e de cursos d’água”; “Rio do Peixe: Situação das Áreas de Preservação Permanente e Ameaças ao manancial”; e outros projetos de restauração florestal como “Restauração de matas ciliares de nascentes e de cursos d’água I, II, III e IV, financiados pelo Fundo de Recursos Hídricos – FEHIDRO, do Governo Estadual, por meio do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Mogi Guaçu (CBH-MOGI); “Restauração da mata ciliar do Rio do Peixe”, “Restauração da mata ciliar do Ribeirão dos Cubas”, “Restauração florestal de nascentes e córregos do Bairro do Oratório” e “Restauração florestal de áreas ciliares na bacia do Rio do Peixe em Serra Negra”, todos eles também financiados com recursos do FEHIDRO (CBH-MOGI); e “Restauração das matas ciliares da microbacia do Ribeirão Monte Alegre” financiado pelos Comitês PCJ”.

Em 2010 um novo projeto também marcou o trabalho da instituição, o projeto “Verde Novo”, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental, que tem como principais objetivos restaurar as matas nativas das bacias dos rios do Peixe e Camanducaia, em parceria com proprietários de terra e sensibilizar proprietários e estudantes das duas bacias para a restauração da Mata Atlântica, especialmente as áreas ciliares. No final da primeira fase do projeto, em junho de 2012, foram apoiados 64 proprietários de 12 municípios, totalizando 100.030 mudas plantadas em 85 hectares.

Até início de 2013, mais de 185 hectares de áreas ciliares já estavam em processo de restauração, totalizando o plantio de aproximadamente 230 mil mudas.

Além disso, a Copaíba foi selecionada em dois anos consecutivos (2006 e 2007) para participar do programa “Trainee em Meio Ambiente” da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, participa ativamente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu (CBH-MOGI), Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Comitês PCJ), da Plenária de Entidades do Consórcio PCJ, da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, do Conselho de Defesa do Meio Ambiente de Socorro (COMDEMA), do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Socorro (COMDER) e do Conselho Gestor Unificado das APAs Piracicaba/Juqueri-Mirim área II, Sistema Cantareira, como membro titular.