ALUNA DE DOUTORADO DA ESALQ/USP REALIZA PESQUISA GENÉTICA NA COPAÍBA

 Em Janeiro a  Associação  Ambientalista  Copaíba recebeu  em seu viveiro

florestal  uma  pesquisadora  da  ESALQ -  Escola  Superior de Agricultura

Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, localizada em Piracicaba-SP.

 

 A doutoranda Ellida Silvestre, graduada em Ciências Biológicas e Mestre   em

Genética e Melhoramento pela Universidade Federal do Piauí, está realizando

um estudo sobre a genética  da  conservação  de espécies  nativas  da Mata

Atlântica, que deverá levantar informações importantes  para  a manutenção

e conservação dos remanescentes deste bioma  tão importante e ameaçado.

 

O objetivo  de  sua visita  à  Copaíba  foi acessar a  diversidade genética das

mudas    de   pau-jacaré   (Piptadenia gonoacantha)   e   Cabreuva-vermelha

(Myroxylon peruiferum) ,  existentes no viveiro florestal   da  entidade. O pau

jacaré é uma espécie muito utilizada em processos de reflorestamento devido

ao seu  rápido crescimento e desenvolvimento,  mesmo  em solos com baixa 

fertilidade. A Cabreúva vermelha é uma árvore aromática e melífera, muito importante para a Mata Atlântica e praticamente extinta devido à extração de madeira. Na ocasião, as pesquisadoras coletaram amostras de 50 indivíduos das espécies Piptadenia gonoacantha e Myroxylon peruiferum, as condicionaram em nitrogênio liquido e levaram para a Universidade para extração de DNA.

 Segundo a Engenheira Agrônoma e pesquisadora Ms. Carolina Grando, que está colaborando na pesquisa, a diversidade intra-específica (diversidade genética) é um componente ainda pouco estudado, o que chamou a atenção das pesquisadoras – “A diversidade genética está diretamente relacionada com a longevidade de uma população de árvores e com sua capacidade de evoluir em resposta às mudanças ambientais” – afirma Carolina.

 

 Estudar a diversidade genética das mudas de pau-jacaré e cabreuva-vermelha que serão destinadas ao reflorestamento é o primeiro passo para conhecer o material genético que está indo a campo para compor uma nova população, o que pode garantir um reflorestamento bem sucedido ao longo de gerações de novas plantas.

Ellida Silvestre é uma grande entusiasta de pesquisa genética, segundo ela o trabalho com genética é muito relevante para as pesquisas ambientais, ainda mais num momento tão delicado em que o País vive uma preocupante escassez de recursos naturais.