FAÇA SUA PARTE - FILHO DA NATUREZA
Antes
Depois

Socorro, cidade privilegiada por sua localização
e seus recursos naturais, também é vítima da
poluição. Mas já estamos cansados de falar de
poluição, não é? Aqueles termos técnicos e uma
linguagem um tanto monótona e específica.
Não é onde quero chegar, pois isto não te toca.
O que escrevo é para te mostrar estes danos ao
meio ambiente, que talvez você não pare para
ver. Para tentar te comover e assim te
conscientizar. Você já foi ao Monjolinho, ou já
esteve no Limoeiro, ou deu uma passada pelo
Saltinho, enfim já visitou alguma cachoeira da
cidade? O que pôde perceber? O nível da água
está baixo em todas, a falta de água pode até
ajudar, mas não é o principal motivo. E o lixo,
você já se sentou na grama e encontrou uma
latinha de refrigerante, melado, grudento e cheio
de moscas a sua volta, é ruim, não? Você até muda de lugar, pois tem nojo de colocá-la no lixo, ou o lixo nem exista. Já teve a oportunidade de passar pela ponte do cemitério, aposto que nem parou para olhar o rio, não é, o quanto ele alargou nestes anos. E o que reparou ao passar pela Vila João Conti? A pobreza aposto, mas da próxima vez olhe o quanto as casas estão próximas ao rio e que se utilizam deste como um lixo. São poucas as áreas onde ainda se pode desfrutar da sombra das matas ciliares. Eu poderia passar horas escrevendo e não citaria todos os problemas, mas penso que você não se disponibilizaria a perder seu tempo, então te peço uma coisa, somente uma: olhe ao seu redor, olhe nossa natureza, olhe como se encontra a cidade, por favor, perceba que fazendo apenas a sua parte, você a ajudará. Lute pelos seus direitos de cidadão e filho da natureza.
Texto da jornalista Ana Paula Palazi, escrito em 2003, aos 14 anos.Ana Paula, na época era aluna da Escola Estadual Narciso Pieroni e ganhou em 1º lugar o prêmio do Pintando Verde, pela melhor redação com o tema "natureza". Este foi um projeto de sensibilização ambiental executado pela Copaíba, onde foram atingidos mais de 2.300 estudantes de Socorro/SP.
Apesar de ter sido escrito há 12 anos, o texto de Ana Paula ainda é atual.