IASB, DE BONITO/MS, VISITA À COPAÍBA
Entre os dias 18 e 20 de novembro, a Associação Ambientalista
Copaíba recebeu a visita do Instituto das Águas da Serra da
Bodoquena (IASB), que tem sede no município de Bonito, em
Mato Grosso do Sul e atua pela conservação e recuperação da
região da Serra da Bodoquena.
A Serra da Bodoquena é a maior extensão de florestas naturais
preservada do estado de Mato Grosso do Sul e uma das maiores
áreas de floresta estacional decidual do país. É tida como um frágil
reservatório de água que abastece todos os municípios do entorno,
Bodoquena, Bonito, Jardim e Porto Murtinho, bem como seus
atrativos turísticos.
O IASB, que foi criado em 2002, teve como foco inicial o rio
Mimoso e em 2004 ampliou suas para outros rios da Serra da
Bodoquena. Atualmente, desenvolvem o projeto Ilhas Verdes, que
recebe patrocínio da Petrobras.
Com algumas ações em comum com a Copaíba, trabalhando pela conservação e restauração da Mata Atlântica, o IASB, esteve em Socorro, objetivando trocar experiências e conhecimento na área de restauração florestal e produção de mudas nativas. Representada pela bióloga Liliane Lacerda e o assistente de restauração florestal, Jeferson da Silva, a instituição pode acompanhar de perto o trabalho que a Copaíba tem realizado na região. A visita também permeou as atividades do Verde Novo, projeto executado pela Copaíba, que também recebe o patrocínio da Petrobras.
Apesar de Bonito ser um munícipio muito conhecido e visitado por conta de suas belezas naturais, o impacto ambiental negativo na região causado pela expansão agropecuária e urbana é semelhante às degradações ambientais encontradas em todo o bioma Mata Atlântica. “Bonito possui particularidades, como as suas águas cristalinas, que apresentam muito mais rapidamente os impactos sofridos. Recentemente problemas como turvamento prolongado dos corpos d’água do município; poluição dos rios por resíduos sólidos, desmatamentos clandestinos de áreas de proteção ambiental, além da expansão da agricultura em áreas de sensibilidade ecológica, têm se tornado presente, reforçando o papel do IASB na sensibilização de turistas, empresários e produtores rurais para proteção e conservação dos remanescentes florestais da região. Buscar aprender e aprimorar nosso trabalho com iniciativas de êxito, como é o caso da Associação Copaíba, nos permitirá potencializar e ampliar as ações de conservação da natureza desenvolvidas pelo IASB”, comenta Liliane Lacerda.
Por terem objetivos semelhantes tanto o IASB quanto a Copaíba ainda têm muito trabalho pela frente. Muitas florestas foram destruídas e os problemas ambientais enfrentados hoje, como a falta de água, são consequências negativas desse histórico de degradação em todo o país. Por conta dessa dificuldade, as instituições buscam, umas nas outras, trocar experiências e conhecimento para aperfeiçoarem seus trabalhos pela conservação da Mata Atlântica.
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